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PARKER 75

PARKER 75

No princípio dos anos 60, com o objetivo de atingir novamente o mercado das canetas de luxo, fatia significativa do mercado, Kenneth Parker, filho do fundador da Companhia, convocou seu “designer” Don Doman a desenvolver uma nova linha que combinasse várias características das criações passadas da Parker.

Era necessária a definição da aparência externa e do material a ser utilizado. Havia a intenção de se criar algo totalmente novo e que nunca anteriormente houvesse sido utilizado como linha por outras concorrentes. Optou-se pela prata, visando o público de alto nível, numa concentração de alto grau de pureza (92,5%).

Como acabamento, optou-se, após pesquisa de padrão, pelo famoso quadriculado (crosshatch) encontrado na época em vários objetos de uso masculino, principalmente em cigarreiras. Para acentuar o padrão, as linhas foram preenchidas por esmalte preto e adicionados clip e botões dourados para fazer o contraste. A aplicação do esmalte foi posteriormente abandonada e a própria oxidação da prata escurecia os vincos do quadriculado.

Nasceu assim a Parker 75 que  foi lançada em 1964 a U$ 25.00 a unidade, logo após o 75º aniversário da Companhia.

Nos anos que se sucederam, a Parker 75 foi fabricada em uma grande quantidade de padrões e acabamentos. Foram produzidos cerca de 11 milhões de canetas em mais de 30 anos de fabricação. A partir de 1968 a Parker 75 foi produzida também na França  e muitos modelos foram desenvolvidos e fabricados somente naquele país.

Sempre inovando e comprovando sua característica de pioneirismo, antecipando a atual “moda” das “Edições Limitadas”, a Parker lançou em 1965 a primeira caneta com produção limitada do mundo (4.821 peças) a SPANISH TREASURE CISELÉ, uma Parker 75 fabricada com prata recuperada de um naufrágio, do galeão espanhol ATOCHA, naufragado em 31 de julho de 1715, na costa da Flórida, lançada a  U$ 75,00.

A título de organização, podemos agrupar as Parker 75 conforme segue (baseado nas canetas tinteiro):

Americanas (1964 – 1983)

-         Crosshatch ou Ciselé (1964)  – prata 925 e vermeil (banho de ouro sobre prata).

Há referência da existência da caneta Crosshatch em ouro maciço 14 k.

-         Insígnia (1965) – crosshatch em latão banhado a ouro 14 k. Existe variante com profundidade de usinagem maior (mais fundo).

-         Keepsake (1967) – prata lisa; bastante rara e desejada pelos colecionadores.

-         Presidential (1967) – ouro maciço 14 k, lisa.

-         Ambassador (1970) – prata 925 com linhas paralelas longitudinais preenchidas por esmalte preto.

-         Flighter (1970) – aço inox com clip dourado, as primeiras, com fino anel dourado rebaixado na tampa.

-         Rainbow (1970) - metal banhado com acabamento fosco, em 3 ou 4 tipos de ouro formando ondas, na tampa e no corpo, no já conhecido padrão Rainbow (lançado na Parker 61).

-         Imperial (1976) – grupos alternados de 5 linhas bem próximas e um espaço maior, em metal com banho de ouro 22 k.

Francesas - (1968 – 1993)

-         Ciselé (1968) – idêntica à americana crosshatch porém com menor quantidade de prata (15 gramas em lugar das 20,5 originais) e obviamente inscrições francesas.

-         Insígnia (1968) – tal qual a americana, banho de ouro sobre metal, com as inscrições francesas.

-         Diamante (1968) – metal dourado com motivo tipo bico de jaca.

-         Flammé (1968) – disponível em metal banhado em prata ou banhado em ouro com desenho formado por várias linhas curtas repetidas longitudinalmente sugerindo o desenho de chamas.

-       Godron (1968) – 23 linhas paralelas e profundas em forma de “V”, longitudinais. Disponíveis em banho de prata, banho de ouro, prata maciça e ouro maciço 18 k.

-         Grain d’Orge (1968) – acabamento tipo “barleycorn”ou “guillochet”, disponível em banho de ouro e banho de prata.

-         Ecosse (1968) – acabamento tipo buril com linhas curvas em forma de ondas, comercializada em banho de prata e banho de ouro.

-         Prince de Galles (1970) – também chamada de tecido escocês, lembrando justamente o tecido usado na Escócia para a confecção dos famosos  “Kilts”.

Disponível em dois padrões diferentes de espaçamento das linhas finas e grossas transversais, ambas em banho de prata e banho de ouro.

-         Guirlande (1970) – acabamento em linhas muito finas paralelas com losangos em guillochet mais grosso, extremamente raro e desconhecido até recentemente. Disponibilizado em metal banhado a ouro e metal banhado a prata (?).

-         Milleraies (1970) – padrão com linhas paralelas bem próximas (daí o nome “mil raios”), disponível em metal com banhos de ouro e metal com banho de prata.

-         Perlé (1970) – mesmo padrão anterior acrescido de pequenas gotas usinadas e espaçadas regularmente, disponível em metal com banho de prata e com banho de ouro.

Há referência da existência deste modelo em ouro maciço.

-     Laca ( 1979) – acabamento em laca sobre latão, padrões:

-           “Woodgrain” – lembrando madeira com veios.

-           “Malaquita” – verde com faixas pretas longitudinais.

-           “Tortoiseshell” – lembrando casco de tartaruga;

-           “Red quartz” – em laranja vivo com manchas  escuras, lembrando a pedra quartzo.

-           “Lápis lazuli” – em  duas  versões, com pontos brancos esparsos e com pó de ouro incorporado.

-            “Thuya” – em marrom escuro com veios mais claros, similar à “Woodgrain”, lançada posteriormente (1981).

Durante os primeiros anos de produção, estas canetas em laca possuíam junto à borda da tampa, a “assinatura” dos artesãos chineses que as produziam, em vermelho. Alguns "experts" referem-se a essas assinaturas como um grupo de simbolos que em chinês  seriam lidos com o mesmo som da palavra Parker o que è bastante provável pois aparentemente os simbolos são sempre os mesmos.

Além da linha acima, foram produzidas canetas em laca lisa das quais podemos destacar: vermelha, preto brilhante, preto fosco, vermelho fosco (rara) e outras não muito documentadas e às vezes citadas como testes de fábrica, tais como, cinza, azul marinho, cortiça, etc.

Linha Place Vendôme - metais preciosos

-         Damier (1980) – linhas profundas horizontais e verticais, formando retângulos alongados, comercializadas em prata maciça, vermeil (ouro sobre prata) e ouro maciço.

-         Florence (1980) - três linhas paralelas alternadas com espaço liso, comercializadas em prata maciça, vermeil e banho de ouro sobre metal.

-         Filette (1980) – 16 linhas paralelas e profundas, longitudinais em forma de “V” longitudinais, comercializadas em prata maciça.

-         Fougere ou Chevron (1980) – filas contínuas de setas alternadas por faixas planas, comercializadas em prata maciça, vermeil, banho de prata e banho de ouro.

-         Grosse Côtes (1980) – 8 linhas paralelas sobre prata maciça lisa (oito raios), bastante rara.

-         Custom (ou cabochon) (1991) – as únicas canetas Parker 75 com corpo de laca e tampa dourada, disponíveis nas cores: azul, verde, preta e vermelha.

 

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